Cursei o Magistério em uma escola muito conceituada neste curso, porém, naquela época, seguidora de uma pedagogia muito tradicional. E assim fui formada, uma professora seguidora de uma proposta muito tradicional na educação.
Um ano após concluir o curso de Magistério, comecei a lecionar e então me defrontei com uma nova proposta pedagógica no ano de 1990, o construtivismo. Mas esta proposta ia contra muitos aspectos que aprendi no curso de Magistério e não fui adepta a proposta, negando-me a estudar sua teoria, talvez por acomodação e medo do novo.
Mas no decorrer de todo Pead, acredito que as atividades estudadas contemplavam esta proposta, fui aos poucos entendendo e conhecendo a teoria construtivista e a importância da mesma para a construção do conhecimento pelo aluno. No meu estágio não pude mais fugir e meu planejamento foi direcionado ao construtivismo, precisava por em prática minha nova visão pedagógica, não formada pelo modismo mas pela convicção de que necessitava rever minha forma de trabalho, refletindo sobre o mesmo cheguei a conclusão de que não proporcionava ao meu aluno a oportunidade dele próprio construir seu conhecimento, apostava mais na quantidade de conceitos por mim repassados a eles do que se eram significativos. Também não oportunizava a troca e o trabalho coletivo em sala de aula, minha visão era de que o aluno deveria trabalhar individualmente e disciplinadamente, assim nenhum aluno iria na "carona do outro".
Então quando iniciei em meu estágio,o mais difícil foi propor o trabalho coletivo em sala de aula, não acreditava muito em trabalho grupais, pensava que meus alunos não fossem capazes de responder às propostas planejadas por mim e que apenas alguns alunos realizariam as atividades no grupo e os demais não participariam destas., apenas ficariam dispersos durante o trabalho, o que gerava barulho e desordem.
No inicio de minha nova prática foi terrível, muito barulho, bagunça, rejeição pelos alunos em trabalhar coletivamente, e crítica quanto a disciplina da turma por alguns colegas.
Até que na sétima reflexão semanal do estágio, percebi que a turma estava muito habituada ao trabalho em grupo, organizando-se instantaneamente e autonomamente e as produções dos grupos superavam minhas expectativas. Além de que a cada dia percebia que os alunos ajudavam-se mutuamente e dificuldades trazidas por eles estavam sendo sanadas coletivamente. Uma destas dificuldades estava na interpretação textual individual, quando a realizava no grande grupo os alunos conseguiam interpretar oralmente através da discussão coletiva, apresentando ótimos resultados.
respondendo ao questionamento da minha tutora do SI poderia evidenciar minha mudança nesta postagem, mas seria pouco.Seria apenas uma...dentre tantas...poderia também citar minha mudança em outro aspecto que hoje percebo...sempre neguei a importância da teoria...mudei...realizando estudos para a produção do meu TCC percebo como a mesma é importante...como explica nossa prática, que aprendemos através de observações de colegas...de idéias...mas tudo é explicável na teoria...
Penso que fiz o processo inverso, deveria ter estudado a teoria para partir para a prática, mas não foi assim. A partir da prática, me interessei em conhecera teoria.
Um comentário:
Alê querida, que bela reflexão!! Quantos foram os "me dei conta" que, sem dúvida, trouxeram o novo para dentro de ti e consequentemente, para dentro da tua sala de aula. É muito bom voltar pelo caminho feito e perceber como a gente cresceu não?
Valeu amiga!! Um abraço
Bea
Postar um comentário